XX - Passado alguns dias após o carnaval eu acordo daquela odisseia que mais parecia um sonho mas era tão real, que esta nos anais da história da Cubango para que todos possam comprovar. Dai passei a pensar e planejar o que faria para o carnaval do ano seguinte em relação a samba enredo já que depois daquele turbilhão de emoções sentidas e vividas, estava empolgado para um novo trabalho, uma nova batalha, o meu primeiro pensamento foi de convidar o Flavinho Machado para formamos uma parceria e elaborar-mos o samba para o carnaval de 1979, passei da intenção a prática procurei o Flavinho e fis-lhe a proposto de nos juntarmos, no que me respondeu; - Eu já tinha pensado nesse assunto, só que meu parceiro João Tapê não aceitou um terceiro parceiro e ainda mais ele acha que por você ter sido Campeão esse ano, reduz ainda mais as nossas possibilidades de sairmos vencedor da competição. Confesso que naquela ocasião fiquei meio decepcionado e triste, mas o que se há de fazer, a gente não manda na vontade dos outros. Naquele período pós-carnaval, o Presidente da Ala de Compositores que era Zé do Norte, havia renunciado do cargo, e a Assembleia da mesma resolveu instituir uma junta governativa, para dirigir os destinos da Ala até completar o período governativo do então Presidente demessionário. esta junta teve a seguinte formação; Presidente: Clebinho, secretário: eu, tesoureiro: João Tapê, e Divulgador: Flavinho Machado, formada a junta o Presidente Clebinho marcou logo uma reunião para o dia seguinte e pôs em pauta a situação de um dos compositores da Ala; João Belém, alegando que o referido compositor, havia faltado a todos os ensaios da Escola após a decisão do samba enredo, e que no decorrer da disputa o mesmo só chegava alcoolizado na quadra, (É bom lembrar que João Belém morava no morro do abacaxi, berço da Escola, e por sua humildade, educação e ser uma pessoa imensamente prestativo, embora nunca ter ganho um samba enredo até aquela data na Escola, era o compositor mais querido da Escola, e toda a comunidade gostava dele), feito a explanação propôs que João Belém não participasse da disputa de samba enredo naquele ano posto em votação, João Tapê e Flavinho acompanharam o voto da Presidência, e eu como compositor mais novo, acompanhei o voto dos mais antigos. Ficou combinado que a próxima reunião seria na data da entrega da sinopse, e como Secretário da junta ao iniciar a reunião participaria a Ala e a Direção da Escola a decisão tomada pela junta. Passou-se o tempo, eis que chega o dia da apresentação do Carnavalesco e consequentemente da entrega da sinopse, bons tempos em que tudo era guardado a sete-chaves, tudo para que os adversários fossem pego de surpresa na Avenida, Na reunião estavam presente todos o compositores, faltando justamente os outro três membros da junta, nisso chegou o Presidente da Escola acompanhado por alguns diretores e uma pessoa que eu não conhecia que logo em seguida ficamos sabendo que era o Sr. Carlos Alberto da Costa o novo carnavalesco da Escola.

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