X - Foi se apresentado os sambas até que chegou a minha vez, estava muito nervoso já que como disse anteriormente eu não cantava direito, ainda mais com bateria, mas o que fazer tinha que apresentar minha obra, me lembro que suava em bicas quando peguei o microfone tremia mais que vara verde e o que me alentava um pouco era minha torcida de Cachoeiras de Macacu que gritava hora meu nome, hora já ganhou, liderada por Candinho, Jaburu, Dna. Nilza e Dna. Wanda. Ao acabar ao de cantar o meu samba sentido aquele alivio do dever cumprido, desci do palco com o coração jubiloso de alegria e agradecimento aquele publico sambista que soube respeitar a obra de um iniciante prestando a atenção na letra e na melodia e não na interpretação do cantor, sendo abraçado e parabenizado pelos meus amigo até que cheguei a subida para o camarote da quadra do Fluminense A. C, e e lá aguardei o resultado, quando ouvir a voz possante do locutor que naquele momento era do diretor Lenine que disse, infelizmente temos que afastar um samba concorrente, é a lei natural das coisas, e o samba afastado é o de Hugo Camburão e J. Maizena. Fez um silencio tão grande no recinto que até se podia ouvir o zumbido de uma mosca se por ali passasse, e a quadra começou a ficar fazia, quando eu olho para baixo vi o Hugo vindo em direção ao camarote seguido por Maizena, quando o mesmo começou a subir a escada eu do alto gritei - Pare ai mesmo Hugo não suba nem mais um degrau e diga o que você quer, e êle como se tivesse recebido uma descarga elétrica parou na mesma hora e disse - Queria lhe dizer que agora eu vou torcer para o samba de Flavinho e Tapê, e logo atraz Maizena disse e eu estou com você Heraldo e se retiraram de cabeça baixa, e eu fiquei ali com o meu pensamento explodindo de alegria e olhando a minha torcida batendo palmas de felicidade, e nesse momento fui me dando conta que estava numa final de samba enredo no meio de tantos compositores conhecidissimos em Niterói e eu que não esperava passar pelas primeiras elimitórias, depois daquela rejeição de toda a Ala de não quererem fazer samba comigo e eu ali numa final autor sozinho de um samba enredo, não bastava mais nada eu já era um vitorioso, agora tinha que comemorar. Passei sabado e domingo em Cachoeiras junto com meus amigos comemorando, chega segunda feira comecei a trabalhar para a grande final, que seria na sexta feira daquela semana, passei os meus momentos contado as horas e num trabalho incessante de arrumar minha torcida, ensinando o samba, preparando fogos, fazendo alegorias, com uma equipe maravilhosa de amigos e intusiastas do samba, marcamos um reunião para quinta feira na casa de Dna. Nilsa ás 20,00 horas para acertar-mo os ultimos detalhes da grande final, nada poderia faltar, naquela alegria de uma reunião de amigos Dna. Wanda quiz me preparar e falou-me -Heraldo você já é um vitorioso, olha que um compositor sair de uma cidade do interior e chegar a uma final na Cubango sozinho sem parceiros, nós devemos nos preparar e imaginar que a escola dificilmente dará um samba para um compositor que disputa pela primeira vez e vem de fora da comunidade, embora para mim que venho acompanhado a disputa o seu samba é o melhor disparado, mas dai a ganhar... Ai Jaburu que já tinha tomado umas e outras retrucou - É um passarinho me contou que amanhã nós vamos sair de lá com o caneco na mão, e eu vou beber todas, não é meu compadre Candinho no que Candinho respondeu com toda certeza e falar nisso vamos tomar umas por conta do Heraldo que já é Campeão. Chega sexta feira o dia da grande final, éra oito horas e a quadra da Escola de Samba Unidos do Gangury de Cachoeiras de Macacu estava lotada de torcedores de vez enquanto pipocava uns fogos e a rapaziada bebiam com moderação e na maior animação, quando deu 21,00 horas fomos colocando o pessoal dentro dos ônibus que me foram cedidos pela prefeitura; Afinal eu representava o município, sendo o primeiro cidadão da Cidade representa-lá nessa modalidade.

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